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Entrevista | Desafio é acolher os alunos e reintegrá-los no cotidiano escolar, diz Luiz Fernando Vampiro

Por: Marcos Schettini
24/02/2021 17:03
Julio Cavalheiro/Secom

Forte liderança do MDB no Sul do Estado, Luiz Fernando Vampiro se licenciou da Alesc para assumir o cargo de secretário de Estado da Educação do Governo Moisés. Com apoio dos demais parlamentes da bancada, no início de fevereiro, o deputado assumiu a missão de comandar a Educação dos catarinenses neste momento delicado da pandemia.

Afinado com o governador, que afirma ter conhecido ainda quando estudavam na Faculdade de Direito da Unisul, Vampiro concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e falou dos desafios da Educação de Santa Catarina. Também, comentou sobre eleições 2022, democracia e decisões do MDB. Confira:


Marcos Schettini: O que motivou o Sr. assumir a Secretaria de Estado da Educação?

Luiz Fernando Vampiro: Recebi o convite do governador Carlos Moises e entendemos que com a experiência em gestão pública e conhecendo o corpo técnico da Secretaria poderíamos contribuir com a Educação catarinense. É isso que estamos fazendo. Antes de aceitar o convite estive reunido com os diferentes setores da Secretaria, conversei com especialistas e aprofundei as necessidades da Pasta, definindo prioridades.


Schettini: Sua entrada no governo não força o MDB fazer um gesto em uma possível candidatura do governador Carlos Moisés?

Vampiro: Como emedebista respeitarei a posição partidária.


Schettini: Como um partido entra no governo e não joga a favor dos interesses da Casa d’Agronômica?

Vampiro: A bancada do MDB está unida e tem demonstrado isso nas votações, salvo questões pontuais. O entendimento é o diálogo entre a bancada para a definição dos posicionamentos, sempre focados no melhor para Santa Catarina.

Luiz Fernando Vampiro ao lado do governador Carlos Moisés durante a posse como secretário de Estado da Educação (Foto: Julio Cavalheiro/Secom)

Schettini: O que ocorreu com aquele desastroso pedido de impeachment do governador?

Vampiro: Tenho uma boa relação com o governador. Eu e ele estudamos juntos, inclusive, na Faculdade de Direito, mas isso não me furta de me posicionar contrário ou a favor, seguindo as minhas convicções. Com relação ao processo de impeachment, no qual eu fui relator, eu tenho um entendimento e não mudei de posição. O governador sabe disso, nossa relação é transparente.


Schettini: Qual o projeto do MDB para 2022? O partido está visivelmente rachado em quatro alas. O que fazer?

Vampiro: Historicamente o partido tem promovido disputas para definir candidaturas ao governo. Para 2022, a sigla já está se preparando, discutindo nomes, promovendo mobilizações. É quase que tradição do MDB, até por ser um partido com capilaridade, presente em todos os municípios e com o maior número de lideranças, o contraponto de ideias. Mobilizar e ouvir as bases, esse é o caminho.

Schettini: A eleição de 2018 gerou um Brasil em turbulência. Qual será o cenário nacional em 2022?

Vampiro: Penso que em 2022 a busca será pela experiência aliada à renovação de ideias. Os candidatos precisam estar conectados aos anseios da sociedade. O Brasil vive a pior crise de saúde da história, a população precisa de respostas rápidas e eficientes. A economia também. Veja o cenário atual: não temos vacinas suficientes para atender às demandas emergenciais. O comércio foi reaberto, as festas acontecem e a educação somente agora retoma parcialmente suas atividades. A Educação precisa ser prioridade, os professores e a saúde de todos também. Os impactos e os danos provocados pela pandemia são profundos. Em 2022 o eleitor vai avaliar com mais cautela o seu voto.


Schettini: A democracia está no paredão?

Vampiro: Existe um nível de insatisfação, mas essa recessão democrática não é exclusiva do Brasil. Ao mesmo tempo, o combate mais efetivo à corrupção, a fiscalização permanente e a lucidez política ampliada permitem acreditar na reforma do modelo político sem ameaçar a democracia. Cabe a nós trabalharmos e lutarmos por novos avanços, com transparência e compromisso efetivo com a sociedade.


Schettini: Quem é seu candidato a governador?

Vampiro: Como disse, sou emedebista e respeitarei as decisões do partido.


Schettini: Se o MDB decidir por candidatura própria em agosto, o Sr. sai do governo?

Vampiro: Assim como a decisão de assumir a Secretaria da Educação foi debatida com a bancada, qualquer posição diferente também passará pelo entendimento conjunto.


Schettini: Com esta pandemia, qual o maior desafio dos alunos, pais e professores para o ensino?

Vampiro: Com a instauração do ensino não presencial em 2020, criou-se o desafio de manter o vínculo do aluno com a escola mesmo que distante fisicamente da sala de aula, ao mesmo tempo em que os pais precisaram incentivar e apoiar os filhos para que mantivessem a rotina de estudos. Nesse retorno gradual presencial, o desafio é acolher os alunos e reintegrá-los no cotidiano escolar, adequando as regras de convivência, retomando os conteúdos e colocando a segurança em primeiro lugar.

Schettini: O que é a Escola Sem Partido e o Homeschooling?

Vampiro: A SED tem como missão incentivar e criar políticas públicas para melhorar a qualidade da educação pública em Santa Catarina. Com relação a esses dois assuntos ainda não tivemos a oportunidade de discutir de forma ampliada com os técnicos especializados. A minha posição pessoal não pode se sobrepor à análise técnica.


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